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À procura de uma equipe…


Os Titãs da DC Comics sempre tiveram uma trajetória bem particular dentro do arcabouço de personagens da editora. Inicialmente concebida como uma equipe de parcerias mirins, uma espécie de reciclagem de ideias dos quadrinhos da era de prata (The Brave and The Bold #54, Julho 1964), aos poucos foi ganhando uma galeria de personagens próprios, antagonistas famosos, além de estórias que entraram no panteão da casa das lendas. No começo dos anos de 1980, mais especificamente em 1983, no Novos Titãs despontaram como grande guinada criativa; créditos para Marv Wolfman e Geroge Pérez que tiveram como pressuposto a possibilidade de complexificação dos personagens dentro do conjunto de artistias estadunidenses. A equipe formada por Asa Noturna, Estelar, Mutano, Kid Flash, Cyborg e Ravena tornou-se querida e aclamada. Hoje, olhando para trás, alguns problemas precisam ser apontados, como o visual extremamente sexualizado de Estelar e outras coisas que envolvem a sua criação. De toda forma, e equipe é um marco para a editora.


Já nas trilhas do Universo DC Renascimento, a mensal Jovens Titãs é uma revista muito interessante. Ela mostra o esforço de Damian, o novo Robin, em procurar algum tipo de vínculo afetivo, algum vínculo de amizade duradoura. Divido entre Ra’s Al Ghul e Bruce Wayne, o jovem de treze anos nunca teve infância e nem amigos. Quando ele encontra os Jovens Titãs para salvá-los do Punho do Demônio, equipe de jovens que está tentando se formar na Liga dos Assassinos – também protagonizam a grande surpresa do final do primeiro arco –, seu principal desafio é superar seus dois lados sombrios.


A dinâmica da equipe é um ponto forte no primeiro arco. Estelar funciona como elemento de ligação entre todos os membros, além de estar bem menos sexualizada, o que é um avanço significativo. Mutano se esforça para entender o que está acontecendo com a saída de Tim Drake e, outro ponto forte da equipe, Ravena dá um tom místico e sensato aos desafios enfrentados pelos jovens heróis. O grande destaque da revista, a meu ver, é Kid Flash. A DC manteve o Wally West dos Novos 52 e sua jornada de descoberta, que começa na revista mensal de Flash, o que casa perfeitamente com o perfil da nova equipe dos Titãs. Mais uma vez Benjamin Percy entrega um trabalho sólido, divertido e, ao seu modo, convida à leitura dos desafios das pequenas lendas. A arte de Khoi Pham combina muito com o roteiro, seu traço cartunesco destaca os pontos positivos e a força dos personagens.


A edição da Panini, a partir do número dois, traz a minissérie Ravena, escrita pelo próprio Marv Wolfman e que revisita as origens clássicas da personagem. Tratarei dela em uma outra oportunidade, pois ela precisa de uma atenção mais detalhada. Por enquanto, a leitura da série Os Jovens Titãs do Universo DC Renascimento dá vontade de ler e reler tudo o que foi feito sobre os Titãs. Recomendo bastante a série!



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